Durante o fim de semana, imagens de raios brilhantes e piscantes que cruzaram o céu de Sacramento, Califórnia, viralizaram, e muitas pessoas se perguntavam se era um meteoro ou um OVNI.

Mas, na verdade, os objetos misteriosos eram apenas lixo espacial que havia se desprendido da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

Na sexta-feira, os moradores de Sacramento tiveram a rara visão de cerca de dez bolas de fogo voando pelo céu. Os fogos de artifício voadores foram até capturados pela cantora de RnB Ashanti, que postou um vídeo no Instagram com a legenda “Vimos isso no meio das filmagens aqui em Sacramento!!! WTF!!!”.

Outro vídeo, mostrado abaixo e capturado pelo usuário do Instagram kingcongbrewing, mostrou o espetáculo com muitos detalhes.

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Comentários no vídeo alertavam que era o fim dos tempos, mas não se preocupe, Ashanti, porque o mistério foi solucionado. Pouco depois de os vídeos terem circulado on-line, Jonathan McDowell, astrofísico do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, foi ao Twitter explicar a origem dos raios brilhantes.

Como se descobriu, as bolas de fogo foram causadas por um pedaço de detrito espacial que queimou ao reentrar na atmosfera da Terra.

O detrito espacial em questão provavelmente era uma antena de comunicação japonesa que foi lançada na ISS em 2009 e transmitia informações entre o módulo Kibo da estação e o controle da Terra. A antena de comunicação, conhecida como Sistema de Comunicações Inter-Órbitas – Instalação Exposta, pesava cerca de 680 libras (310 quilogramas).

A antena concluiu sua missão em 2017 e foi descartada em 2020, quando o Canadarm, um braço robótico gigante fora da ISS, a agarrou e a lançou em órbita para que pudesse queimar na atmosfera.

Nos últimos três anos, a antena de comunicação flutuava ao redor da Terra, diminuindo lentamente sua órbita ao longo do tempo antes de finalmente encontrar seu fim em chamas. “Provavelmente queimou quase completamente durante a reentrada, mas qualquer pequeno fragmento que tenha sobrevivido pode ter, como palpite, alcançado a área de Yosemite”, escreveu McDowell no Twitter.

Devemos nos acostumar a ver esses raios brilhantes no céu com mais frequência, à medida que mais corpos de foguetes, satélites, espaçonaves – e aparentemente antenas – são lançados em órbita terrestre, aumentando as chances de criar lixo espacial que eventualmente caia de volta à atmosfera. E quando isso acontece, inevitavelmente tende a agitar entusiastas de alienígenas e profetas do apocalipse.

é bacharel em administração de empresas e fundador da FragaNet Networks - empresa especializada em comunicação digital e mídias sociais. Em seu portfólio estão projetos como: Google Discovery, TechCult, AutoBlog e Arquivo UFO. Também foi colunista de tecnologia no TechTudo, da Globo.com.

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