O céu noturno do mundo dobrou sua luminosidade artificial nos últimos 10 anos, mas pode haver uma solução.

Os seres humanos têm medo natural da escuridão. Às vezes imaginamos monstros embaixo da cama e andamos mais rápido pelas ruas mal iluminadas à noite.

Para vencer nossos medos, podemos deixar uma luz noturna acesa para afugentar os monstros e uma luz sobre a varanda para deter invasões.

No entanto, ao nos agrupar em busca de segurança sob nossas piscinas de luz, perdemos nossa conexão com o céu noturno.

A campanha de conscientização pública Globe at Night revelou que, entre 2011 e 2022, o céu noturno do mundo mais do que dobrou sua luminosidade artificial. No entanto, intervenções locais podem criar mudanças significativas.

A poluição luminosa está nos cortando de uma das maiores maravilhas da natureza, prejudicando a vida selvagem e impedindo pesquisas que poderiam ajudar a combater o aquecimento global. As estrelas são mais do que brilhos bonitos no céu noturno.

Elas moldaram a mitologia de todas as civilizações humanas. Guiam os pássaros em suas jornadas migratórias surpreendentes. E agora precisamos fazer a nossa parte para evitar a poluição luminosa para que as estrelas possam ser parte do nosso futuro.

O olho humano pode detectar cerca de 5.000 estrelas no céu noturno. Mas a luz emitida por arranha-céus, postes de rua e casas obscurece todas, exceto algumas das estrelas mais brilhantes.

Nossos antepassados usavam o surgimento e o pôr do sol das constelações como calendários. Também navegaram pelas estrelas em busca de novas terras ou traçando rotas comerciais náuticas.

Os marinheiros normalmente não usam mais as estrelas para navegar, mas ainda são ensinados a fazê-lo, no caso de seus sistemas de navegação falharem.

O excesso de iluminação artificial é um problema que não só afeta nossa conexão com o céu noturno, mas também tem implicações sérias para a vida selvagem e para a pesquisa científica.

Animais migratórios, incluindo pássaros e insetos, são atraídos para longe de suas rotas de voo naturais pelo convidativo “brilho no céu” das cidades.

Confundidos pelas luzes brilhantes das cidades, os pássaros colidem contra arranha-céus altos.

O número de insetos está colapsando em todo o mundo e a poluição luminosa está tornando as coisas piores, interrompendo seus ciclos noturnos de vida.

é bacharel em administração de empresas e fundador da FragaNet Networks - empresa especializada em comunicação digital e mídias sociais. Em seu portfólio estão projetos como: Google Discovery, TechCult, AutoBlog e Arquivo UFO. Também foi colunista de tecnologia no TechTudo, da Globo.com.

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