Um experimento foi realizado com a ilusão de um flash induzido em que um único flash é seguido por dois bips. Enquanto a maioria das pessoas só visualiza o flash, em alguns casos, o indivíduo vai realmente ver um segundo flash correspondente com o segundo bipe.
Exames de ressonância magnética revelou que aqueles que eram propensos à ilusão teve um menor córtex visual, a parte do cérebro responsável pela visão. "Olhar para para a mesma coisa seria esperar a percepção de algo idêntico", disse o pesquisador Benjamin de Haas. "Nossos resultados demonstram que este não é bem verdade em algumas situações."
Algumas pessoas podem realmente ver sons, dizem pesquisadores que encontraram esta capacidade ímpar quando as partes do cérebro dedicadas à visão são pequenas.
"A representação do cérebro visual que atinge o olho é muito eficiente, mas não perfeito – existe alguma incerteza em representações visuais, especialmente quando as coisas acontecem rapidamente, como a rápida sucessão de flashes da ilusão", dissse de Haas.
"Nós especulamos que esse tipo de incerteza é maior no cérebro que dedicam uma proporção menor de neurônios em áreas visuais, como uma câmera com menos megapixels vai lhe dar uma qualidade de imagem inferior."
"Se essa especulação faria todo o sentido para os pequenos cérebros visuais para fazer mais uso das informações adicionais fornecidas pelas orelhas", de Haas explicou.
"No mundo real, as fontes de luz e som são muitas vezes idênticas, e combiná-los será vantajoso. Imagine que você dê um passeio em uma floresta e se assusta com algum animal no mato. A melhor estratégia para descobrir se você está lidando com um ouriço ou um urso envolve a combinação de informações visuais, como mover galhos e ramos, com informação auditiva, como rachaduras de madeira. "
