O cientista cognitivo Lars Hall quer determinar o quão fácil nossos princípios morais podem ser enganados.
Hall e sua equipe da Universidade de Lund, na Suécia, tem conduzido um experimento em 160 voluntários no qual foram convidados a preencher um inquérito de duas páginas sobre a moralidade envolvendo várias questões.
Em cada pesquisa, uma das questões era um truque que quando a página era virada, a premissa seria alterada para significar o oposto do que o voluntário tinha originalmente argumentado mas deixando inalterada a sua resposta.
Os voluntários foram então convidados a ler e discutir algumas de suas respostas, incluindo a pergunta capciosa. 53% dos participantes não só foram pegos na mudança, mas ativamente argumentaram a favor da declaração alterada mesmo sendo oposto absoluto de sua posição original.
Hal e sua equipe atribuiu esse resultado a um fenômeno conhecido como "cegueira para a escolha", que destaca as imprecisões inerentes ao questionário auto-aplicável.
As pessoas podem ser enganado e reverter as suas opiniões sobre questões morais, até mesmo ao ponto de construir bons argumentos para apoiar o oposto de suas posições originais, relataram os pesquisadores.