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Cientistas do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley conseguiram usar a tecnologia de digitalização 3D óptica para efetivamente elevar as vozes de discos de 125 anos com gravações antigas criadas por pesquisadores que trabalharam em laboratório de Graham Bell. As gravações foram feitas em várias mídias enquanto os pesquisadores tentavam melhorar a qualidade de som do fonógrafo inventado por Thomas Edison.

Bell, que ficou famoso por sua invenção do telefone, estava trabalhando com uma equipe de pesquisadores de seu laboratório de Volta em 1880 em Washington DC e, como precaução contra ter suas idéias roubadas por equipes concorrentes, periodicamente enviavas amostras dos resultados de seus esforços de sua equipe no Instituto Smithsonian, também em Washington, para a custódia. Infelizmente, os dispositivos para tocar as gravações não foram enviados  o que significava que as gravações são inéditas por mais de um século.

Agora, no entanto, graças a uma técnica de escaneamento óptico especial, aquelas vozes novamente podem ser ouvidas. Os especialistas de restauração e conversão digital e curadores de museus, Carl Haber e Earl Cornell, usaram um hardware / software chamado sistema IRENE/3D, para primeiro tirar imagens de alta resolução dos discos giratórios e depois remover erros introduzidos por danos aos discos ou cilindros . Então eles acabaram por imitar uma caneta enquanto se movia sobre a mídia, em um computador, reproduzindo as vozes gravadas originalmente.

Usando a técnica, a equipe foi capaz de ouvir vozes humanas recitando Shakespeare, ou a leitura de um livro ou jornal. Não se sabe se alguma das vozes ouvidas é realmente de Bell, mas os historiadores acreditam que o laboratório de Volta só tinha três inventores: Bell, primo Chichester Bell e Charles Sumner Tainter. Se eles estiverem corretos, uma das vozes é dele.

Outra característica atrativa do sistema IRENE/3D, que foi desenvolvido em Berkley por quase uma década atrás, é que ele é capaz de digitalizar discos feitos de vários materiais. No caso dos discos do Smithsonian, alguns eram feitos de cera, outros de vidro.

Até agora a equipe conseguiu reproduzir as gravações em seis discos, mas ainda existem um pacado de 400 discos e cilindros do laboratório de Volta para ser ouvido. Ouça um techo divulgado pelos cientistas.

é bacharel em administração de empresas e fundador da FragaNet Networks - empresa especializada em comunicação digital e mídias sociais. Em seu portfólio estão projetos como: Google Discovery, TechCult, AutoBlog e Arquivo UFO. Também foi colunista de tecnologia no TechTudo, da Globo.com.

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