O fenômeno, conhecido por Leônidas, resulta da passagem da cauda do cometa Temple-Tuttle pela Terra. A última vez que o Leônidas produziu uma apresentação magnífica foi em 1966, o fenômeno acontece a cada 33 anos.
A estimativa é de que entre 100 mil e 200 mil partículas por hora devam atingir a atmosfera no horário de pico. A tempestade inicia no dia 17 de novembro, entre as 17 e 18 horas e deve durar cerca de 2 horas. "As partículas são muito pequenas – formadas por poeira e gelo – e não devem atingir a superfície da Terra", explicou Jurandir Pitsch, vice-presidente de marketing da Comsat Brasil.
De acordo com especialistas, os riscos potenciais para os satélites são de natureza mecânica e elétrica. O principal motivo: a desintegração dos meteoritos quando os mesmos se chocam com os satélites. O resultado é a criação de uma nuvem de plasma que ioniza a superfície dos satélites e provoca descargas eletroestáticas.
Segundo a Embratel, não há motivo para pânico. A empresa divulgou que já tomou todas as providências possíveis para minimizar a ocorrência de qualquer anomalia. "Nenhuma manobra de correção orbital está prevista para o período do fenômeno", informou a Embratel, acrescentando que as operações de comandos dos satélites serão minimizadas e os engenheiros mais experientes do Controle de Satélites ficarão de plantão das 16 às 20 horas, monitorando todos os subsistemas dos satélites.
Entre as manobras de alerta que deverão ser tomadas pelas empresas de telecomunicações estão o desligamento de equipamentos dispensáveis e o direcionamento dos painéis solares para uma posição que reduza a área de exposição aos meteoritos. "Os satélites de comunicação são projetados para operar mesmo que uma parte considerável de seus painéis solares seja danificada por meteoritos e, por essa razão, não deve haver problemas durante a próxima semana", disse Pitsch.