Era o amanhecer de 30 de julho de 98. A bordo de um barco pesqueiro, próximo à ilha de Sulawesi, na Indonésia, dez homens içavam uma rede de pescar tubarões. Não fisgaram nenhum cação, mas um peixe que nunca tinham visto.
De volta à cidade de Manado, a notícia chegou aos ouvidos do biólogo americano Mark Erdmann, da Universidade de Berkeley. Ele correu ao mercado de peixe e encontrou um celacanto de 124 centímetros e 29 quilos ainda vivo, como relatou na revista Nature. A espécie é uma relíquia biológica, um peixe que não se modificou em 400 milhões de anos, idade de seus fósseis mais antigos (no Ceará, acharam-se exemplares de 100 milhões de anos).
Até 1938, considerava-se o celacanto extinto. Foi quando pescadores das ilhas Comoro, no oceano Índico, fisgaram um deles, criando assombro científico mundial. A partir daí, mais de 200 espécimes foram achados em Comoro, distante dez mil quilômetros da Indonésia. Essa é a importância do achado do novo celacanto. Onde existe um, vivem outros, toda uma nova colônia. Era isso que Erdmann queria provar, quando sua mulher achou um celacanto, em setembro de 97, numa peixaria de Manado.
1 comentário
Já foi encontrado um no Rio Congo mais antigo do que o Celacanto.