Físicos liderados por Rajendra Gupta desafiam o modelo cosmológico estabelecido, argumentando que o universo pode ter o dobro da idade atualmente aceita.
Com base nas observações do Telescópio Espacial James Webb, eles propõem um modelo que estabelece a idade do universo em 26,7 bilhões de anos, em contraste com os 13,8 bilhões de anos estimados pelos modelos cosmológicos atuais. O estudo foca nas chamadas “galáxias precoces impossíveis”, que exibem características de galáxias maduras apesar de terem se formado apenas alguns milhões de anos após o Big Bang.
A pesquisa baseia-se na taxa de expansão do universo, medida pelo desvio para o vermelho das linhas espectrais na luz emitida por galáxias distantes. Explicações anteriores atribuíam o desvio para o vermelho à perda de energia da luz ao percorrer grandes distâncias. No entanto, o novo modelo propõe uma explicação alternativa baseada no efeito Doppler, sugerindo que as galáxias distantes se afastam de nós em velocidades proporcionais à sua distância, indicando uma expansão do universo.
Embora modelos anteriores tenham tentado combinar o modelo do Big Bang com o conceito da luz cansada, essas abordagens não conseguiram explicar satisfatoriamente todas as observações cosmológicas. Gupta e sua equipe desenvolveram um modelo híbrido que combina a luz cansada com um modelo cosmológico baseado nas constantes de acoplamento propostas por Paul Dirac.
Embora esse modelo ajuste bem os dados, ele quase dobra a idade estimada do universo para 26,7 bilhões de anos. No entanto, mais pesquisas e evidências são necessárias para validar completamente essa nova abordagem cosmológica e sua explicação para as “galáxias precoces impossíveis”.