Uma nova descoberta dos cientistas japoneses sugere que os blocos de construção da vida podem ter chegado à Terra do espaço.
Durante a missão MINERVA-II-1 da Agência Espacial Japonesa, a sonda Hayabusa-2 coletou várias amostras de rochas e solo do asteroide Ryugu. Depois, as amostras foram enviadas para a Terra para análise.
A análise das amostras revelou que elas contêm uracila, uma das quatro nucleobases do ácido ribonucleico (RNA), que é um dos blocos de construção da vida na Terra. Segundo os cientistas, esse material é o mais primitivo já estudado em laboratório.
Acredita-se que o asteroide tenha se formado há cerca de 4,5 bilhões de anos, nos estágios iniciais do sistema solar, muito distante do Sol (em torno da órbita de Netuno).
Essa descoberta é mais uma evidência que sugere que os blocos de construção da vida podem ter chegado à Terra do espaço, em algum momento no passado distante.
“A descoberta de moléculas biologicamente relevantes, como nucleobases, em materiais extraterrestres mais primitivos e sem contaminações terrestres, garante que elas estejam realmente presentes em ambientes extraterrestres”, afirmou Yasuhiro Oba, líder do estudo e pesquisador da Universidade de Hokkaido, no Japão.
Essa descoberta pode ajudar a entender melhor a origem da vida na Terra e em outros planetas.
Além disso, pode indicar que a vida pode existir em outros lugares do universo, mesmo em ambientes inóspitos, se as condições forem favoráveis para a formação de blocos de construção da vida.