Um grupo de pesquisadores afiliados à NASA sugere que sim em um novo estudo publicado esta semana na revista Nature Astronomy.
De acordo com os cientistas, o programa de aprendizado de máquina pode ajudar a identificar biosignaturas em Marte, o que pode melhorar nossas chances de descobrir vida no Planeta Vermelho e além.
Embora haja uma grande quantidade de dados de orbitadores e rovers para caracterizar a habitabilidade global e regional em Marte, há muito menos informações disponíveis nas escalas e resoluções dos habitats microbianos e biosignaturas. Segundo os pesquisadores, esses modelos de aprendizado de máquina podem descobrir “padrões reconhecíveis e previsíveis” que poderiam apontar para a direção certa em nossa busca por vida em outros planetas.
Para testar a eficácia do programa, os cientistas treinaram a IA no terreno do Deserto do Atacama, no Chile, que é um ambiente extremamente seco e quente e não necessariamente habitável.
Mas, devido às suas redes de colinas em forma de fractais, terrenos de rachaduras encolhidas de origem abiótica e/ou biótica, é um dos ambientes mais semelhantes a Marte na Terra.
Os pesquisadores usaram uma variedade de dados, incluindo mapeamento de espectroscopia e biosignaturas para criar um conjunto de dados para o programa de IA. O objetivo era treinar o programa para reconhecer quais locais específicos no mapa poderiam ter a maior probabilidade de suportar vida. E o resultado foi impressionante.
A IA conseguiu localizar com sucesso as biosignaturas de suporte à vida, quando presentes, com uma precisão de 56,9 a 87,5 por cento. Em contraste, os humanos tiveram uma taxa de sucesso de menos de 10 por cento.
Embora este ainda seja um estudo de prova de conceito, espera-se que um programa como esse possa um dia ser integrado aos rovers interplanetários da NASA, potencialmente aumentando sua capacidade de detectar vida.
Será fascinante ver como essa tecnologia pode evoluir e nos ajudar a descobrir mais sobre nosso universo.