Cientistas da Universidade da Califórnia, Irvine, descobriram que muitos exoplanetas – planetas fora do nosso sistema solar – são “trancados” gravitacionalmente em relação às suas estrelas, o que significa que um lado está sempre iluminado, enquanto o outro está permanentemente em escuridão.
Esses planetas têm uma faixa ao redor deles, chamada de “zona do crepúsculo”, onde pode haver água líquida, um ingrediente-chave para a vida. A pesquisa foi publicada no The Astrophysical Journal e aponta que essa faixa estreita pode estar habitável e oferecer uma oportunidade para a existência de vida alienígena.
A equipe de cientistas analisou a possibilidade de vida em planetas que não possuem um oceano global, mas têm água líquida em regiões menores, como lagos ou rios.
Eles descobriram que, se um exoplaneta estiver posicionado na chamada “zona do crepúsculo”, onde é nem muito quente nem muito frio, pode haver água líquida e, portanto, a possibilidade de vida. A área da “zona do crepúsculo” é a faixa estreita em torno do ponto médio entre o lado diurno e noturno do planeta.
A descoberta pode abrir novas possibilidades na busca por vida extraterrestre. Esses exoplanetas poderiam ser alvos de futuras missões espaciais para estudar as condições em suas zonas do crepúsculo e procurar sinais de vida.
Além disso, o estudo aponta que os cientistas precisarão procurar em áreas específicas para encontrar sinais de vida em exoplanetas, já que ela pode estar escondida na zona do crepúsculo.
Os exoplanetas tidally locked são muito comuns e encontrados em todo o universo. No entanto, esses planetas têm um lado sempre iluminado e o outro permanentemente escuro, o que pode tornar a vida impossível em muitas partes do planeta.
Mas, os cientistas estão animados com a descoberta da “zona do crepúsculo”, que é uma faixa em torno do ponto médio do planeta onde as temperaturas são adequadas para a vida.
O estudo levanta muitas perguntas fascinantes sobre o que mais pode ser descoberto sobre a zona do crepúsculo e os exoplanetas que orbitam estrelas distantes.
Os cientistas esperam que as futuras missões espaciais possam ajudar a revelar mais sobre a vida em exoplanetas e a entender melhor como a vida se desenvolve em diferentes condições. O conhecimento dessas regiões habitáveis também poderá ajudar a guiar a busca por sinais de vida extraterrestre no futuro.