Os cientistas estão tentando provar a existência de universos paralelos disparando nêutrons contra uma parede sólida.
A ideia de que vivemos em um número praticamente ilimitado de mundos quase idênticos não é novidade, tendo sido proposta anteriormente muitas vezes por físicos como Hugh Everett, que em 1957 apresentou sua ‘interpretação de muitos mundos’ da mecânica quântica.
A teoria de Everett sugeriu que existe um número potencialmente infinito de universos paralelos nos quais toda permutação possível da história é realizada.
Em um universo, por exemplo, você pode ter morrido em um acidente de carro no mês passado, enquanto em outro você pode até se tornar o presidente dos Estados Unidos. Todo resultado concebível aconteceu em pelo menos um desses universos – cada versão da história se desenrolou em algum lugar.
Controversamente, no entanto, Everett também sugeriu que nenhum desses universos é capaz de influenciar nosso próprio universo, tornando impossível o teste de todo o conceito.Agora, porém, os cientistas do Laboratório Nacional de Oak Ridge, no leste do Tennessee, esperam contestar essa afirmação conduzindo um experimento que, em teoria, pode produzir evidências para sugerir que as partículas podem se mover para frente e para trás entre universos paralelos.
A pesquisa baseia-se em resultados anômalos da década de 1990, envolvendo partículas de nêutrons que pareciam se decompor em prótons a taxas diferentes, em vez da mesma taxa esperada.
O experimento em si envolve disparar um feixe de nêutrons contra uma parede sólida com um detector de nêutrons instalado no outro lado. Normalmente, o detector não deve captar nada porque os nêutrons não podem atravessar a parede, no entanto, os cientistas acreditam que alguns deles podem “oscilar temporariamente” para um universo espelho e vice-versa, permitindo que eles passem pela parede onde o detector irá pegar eles.
Ainda não está claro se esse resultado será suficiente para provar a existência de universos paralelos.