Os estudiosos russos têm avançado na decodificação das páginas do misterioso texto medieval.
O códice enigmático, descoberto pela primeira vez em um mosteiro italiano pelo livreiro Wilfrid Voynich em 1912, contém 240 páginas de personagens e imagens estranhas e indecifráveis.
Escrito em pergaminho fino de couro de bezerro, o livro foi datado do século 15, no entanto, todos os esforços para saber o significado de seu conteúdo até agora resultou em fracasso e frustração.
Uma solução para este mistério tem permanecido tão distante que alguns pesquisadores acreditam que o manuscrito foi realmente criado como uma farsa projetada para enganar coletores de livros do século XV.
Agora, porém, uma equipe de cientistas do Instituto de Matemática Aplicada da RAS na Rússia determinou, por meio de análise estatística, que 60% do livro é realmente escrito em duas línguas – inglês e alemão – e que todas as vogais e espaços foram deliberadamente removidos.
Os restantes 40% do texto é pensado para ser escrito em italiano, espanhol ou latim.
Dado que as imagens em suas páginas descrevem o que parecem sementes e legumes, nem todos da equipe estão convencidos de que o conteúdo do livro seja algo que vale a pena decifrar.
“Eu não sei por que o entendimento do texto pode ser importante hoje porque, a julgar pelos desenhos, ele explica em que parte do ano você precisa semear sementes de papoula para obter mais tarde o ópio”, disse o co-autor do estudo, Yuri Orlov.