Uma nova pesquisa no campo da busca por inteligência extraterrestre (SETI) está explorando frequências mais baixas na esperança de encontrar sinais de vida além da Terra. Os cientistas acreditam que as civilizações alienígenas podem usar tecnologia semelhante à nossa, emitindo sinais de rádio detectáveis.
Até agora, as pesquisas se concentraram em frequências acima de 600 MHz, deixando as frequências mais baixas praticamente inexploradas. No entanto, com o uso do telescópio de baixa frequência mais sensível, o Low Frequency Array (Lofar), os pesquisadores estão monitorando 44 planetas em busca de tecnossignaturas. Embora nenhum sinal conclusivo tenha sido encontrado até o momento, essa pesquisa representa apenas o começo de uma jornada emocionante em busca de vida extraterrestre.
O Lofar é composto por 52 radiotelescópios distribuídos pela Europa, capazes de operar na faixa de 10 a 250 MHz. Essa faixa de frequência foi pouco explorada até agora, devido à sua menor energia e à necessidade de telescópios especializados.
No entanto, os cientistas estão aproveitando essa oportunidade para monitorar 44 planetas que orbitam estrelas diferentes do Sol. Durante dois verões, eles observaram esses planetas nas frequências de 110 a 190 MHz, utilizando apenas duas estações do Lofar localizadas na Irlanda e na Suécia.
Embora o número de alvos pareça pequeno, a observação em baixa frequência tem uma vantagem significativa. Essa faixa de frequência cobre uma área maior do céu em comparação com as frequências mais altas.
A busca por tecnossignaturas, no entanto, apresenta desafios, já que os mesmos sinais tecnológicos são emitidos na Terra. Para superar esse obstáculo, os pesquisadores desenvolveram uma abordagem chamada “rejeição de coincidência”. Essa abordagem leva em consideração as emissões de rádio locais em cada telescópio, filtrando apenas os sinais que aparecem simultaneamente em ambas as estações.
Embora essa pesquisa não tenha encontrado sinais conclusivos de vida extraterrestre, ela representa um passo importante na busca por inteligência além do nosso planeta.
Com avanços contínuos na tecnologia e observações adicionais, os cientistas continuam esperançosos de que, em algum momento, possamos fazer uma descoberta histórica: a confirmação de que não estamos sozinhos no universo.