A Força Aérea dos Estados Unidos concedeu contratos a três grandes empresas para avançar no desenvolvimento de reatores de fissão nuclear de pequeno porte. Enquanto missões tripuladas à Lua são possíveis devido à sua proximidade, alcançar destinos mais distantes como Marte, que geralmente leva mais de 7 meses, exigirá uma forma de transporte capaz de chegar lá de forma mais rápida do que os motores de foguetes convencionais permitem atualmente.
Como parte de um esforço de longo prazo para resolver esse problema, a Força Aérea concedeu novos contratos às empresas Intuitive Machines, Lockheed Martin e Westinghouse Government Services para desenvolver reatores de fissão nuclear de pequeno porte para uso em futuras espaçonaves.
Essa iniciativa segue o anúncio da NASA, feito no início deste ano, de planos para desenvolver um foguete movido a energia nuclear, tornando viável o envio de humanos a Marte. O projeto, apresentado pelo Administrador da NASA, Bill Nelson, durante uma apresentação em janeiro, tem como objetivo “desenvolver e demonstrar a propulsão térmica nuclear avançada, uma tecnologia revolucionária que permitirá aos Estados Unidos expandir as possibilidades de futuras missões espaciais tripuladas”.
Nelson descreveu essa iniciativa como um “investimento significativo para chegar a Marte”. O novo foguete poderá voar já em 2027 e pode se tornar parte integrante dos esforços para levar humanos a Marte na década de 2030.
Os reatores de fissão desenvolvidos por meio dos contratos anunciados serão eventualmente incorporados nas fases posteriores do programa Artemis da NASA e, muito provavelmente, também serão utilizados em missões para Marte.
No entanto, ainda resta saber se os reatores de fissão nuclear em miniatura são de fato uma forma viável de abrir o sistema solar para viagens espaciais tripuladas. A resposta a essa pergunta permanece incerta, mas as pesquisas e desenvolvimentos em curso estão trazendo esperança e perspectivas futuras emocionantes.