Descobertos antigos relevos do zodíaco no teto do Templo de Esna, no Egito, estão intrigando os arqueólogos e os amantes da astronomia.
O templo, dedicado ao deus Khnum, foi construído durante a era Ptolemaica, mas a decoração da cúpula foi adicionada durante o período romano.
A restauração minuciosa do templo tem removido 2.000 anos de sujeira e fuligem, revelando maravilhosas pinturas murais em toda a estrutura, incluindo representações dos 12 signos do zodíaco, cinco planetas do sistema solar e algumas das divisões usadas para medir as horas da noite.
Embora as representações do zodíaco sejam raras nos templos egípcios, elas eram populares em contextos privados, como tumbas e sarcófagos, e em textos astrológicos, como horóscopos.
A descoberta revela como a astronomia e astrologia antiga se entrelaçavam com a cultura e religião do Egito antigo. É um raro vislumbre do papel que a astrologia desempenhava na vida cotidiana das pessoas naquele período.
Além das representações do zodíaco, o templo apresenta a “seta de Sekhmet”, um símbolo de proteção ou destruição personificado pela deusa leão com sete setas que representavam sua fúria.
Também há representações de Jupiter, Marte e Saturno, bem como uma série de constelações usadas para ajudar a contar o tempo. E não é só isso, entre as figuras do teto do templo estão algumas criaturas fantásticas, como cobras aladas, um pássaro com cabeça de crocodilo e uma cobra com cabeça de carneiro.
Os pesquisadores já identificaram várias constelações com nomes em egípcio antigo, incluindo Mesekhtiu (a Grande Ursa), Sah (Orion) e uma constelação anteriormente desconhecida, Apedu n Ra – “os gansos de Ra”.
Surpreendentemente, a maioria dos signos do zodíaco representados no teto do templo são os mesmos usados hoje. A descoberta é mais um exemplo de como a astronomia e astrologia têm sido uma parte importante da história humana, moldando as culturas e religiões desde a antiguidade até os dias de hoje.