Novas evidências sugerem que, em vez de ser plano como um lençol, o universo pode de fato girar sobre si mesmo.
O que aconteceria se você entrasse na espaçonave mais rápida que a luz e diminuísse o zoom em uma linha perfeitamente reta, sem desacelerar e nunca mudar de direção?
Você chegaria à extremidade do universo ou acabaria voltando de onde começou?
A ideia de que o universo é curvado e circula por si mesma já existe há algum tempo, no entanto, é uma teoria que não é realmente compatível com as idéias convencionais sobre como o universo funciona.
Agora, porém, um novo artigo lançou uma chave nos trabalhos, sugerindo que pode haver algo na idéia de um universo curvo, afinal.
O estudo, que se baseia na pesquisa de uma equipe internacional de físicos, faz uma análise renovada dos dados da radiação cósmica de fundo em microondas (CMB) – um remanescente do nascimento do nosso universo.
A chave está na descoberta de uma anomalia, sugerindo que há significativamente mais ‘lentes gravitacionais’ do CMB do que o esperado – mais do que pode ser explicado pela física convencional.
De acordo com as descobertas da equipe, se o universo é realmente curvo, a curvatura é muito suave, o que significa que em escala planetária ou mesmo em escala galáctica, é improvável que percebamos isso.
Em uma escala cósmica, no entanto, essa curvatura se torna cada vez mais predominante até que alguém que se move através do universo inteiro em uma linha reta acabe voltando ao ponto em que começou.
Existe, no entanto, um longo caminho a percorrer para provar de uma vez por todas que esse é realmente o caso.
“Não quero dizer que acredito em um universo fechado”, disse o co-autor do estudo Alessandro Melchiorri. “Sou um pouco mais neutro. Eu diria, vamos esperar pelos dados e o que os novos dados dirão.”
“O que eu acredito é que existe uma discrepância agora, que precisamos ter cuidado e tentar descobrir o que está produzindo essa discrepância”.