Os cientistas apresentaram uma explicação alternativa para as órbitas peculiares de alguns objetos distantes.
Ninguém sabe exatamente onde está, quão grande é ou se existe mesmo, mas quando pesquisadores do California Institute of Technology revelaram em 2016 que a existência de um nono planeta em nosso sistema solar era uma possibilidade muito real, a caça para este novo mundo enigmático começou a sério.
Acredita-se que seja até dez vezes a massa da Terra e com um período orbital de até 20.000 anos, o Planeta Nove, se existir, estará situado em algum lugar além da órbita de Netuno.
Agora, porém, dois astrofísicos – Jacob Fleisig e Ann-Marie Madigan, da Universidade do Colorado de Boulder – apresentaram um argumento para sugerir que o Planeta Nove talvez não exista, afinal de contas.
Talvez a mais importante evidência em favor da existência do Planeta Nove seja a maneira incomum como vários objetos no sistema solar exterior se movem, como se influenciados pela gravidade de um planeta oculto.
De acordo com Fleisig e Madigan, no entanto, esse movimento peculiar poderia ser explicado pela influência gravitacional coletiva de vários objetos menores, em vez de um único grande.
“Pode haver milhares desses corpos (menores) esperando para serem detectados”, disse Fleisig.
“Você vê um amontoado de órbitas de objetos menores em um lado do Sol. Essas órbitas colidem com o corpo maior, e o que acontece é que essas interações mudam sua órbita de uma forma oval para uma forma mais circular.”
O planeta anão Sedna é um corpo planetário que se acredita ter sido influenciado dessa maneira e os mesmos processos poderiam ter sido responsáveis ??pelo asteroide apocalíptico que destruiu os dinossauros no final do Cretáceo.
“É tentador”, disse Fleisig.