Em sua última missão, a sonda Galileo examina erupções em lua de Júpiter. Lá se encontra a lava mais quente do sistema solar: 1400 graus Celsius, ou um terço da temperatura na superfície do Sol.
Outra curiosidade é que, no ambiente de pesadelo de Io, a temperatura na superfície está abaixo de 150 graus negativos. É tão frio que os gases começam a congelar e virar neve tão logo saem da boca do vulcão
iajando no espaço já há dez anos, a sonda Galileo enfrentará agora sua missão mais perigosa.
Nesta terça-feira vai se aproximar até 600 quilômetros de distância de Io, um dos satélites de Júpiter. Com o tamanho da Lua, é cravejado com cerca de 100 vulcões em plena atividade e tamanho de pôr no chinelo seus congêneres terrestres. Os vulcões de Io cospem aos céus jatos com mais de 400 quilômetros de altura. São jorros tão espetaculares que podem ser vistos por telescópios instalados na Terra, a 630 milhões de quilômetros de distância.
Cientistas da Nasa acreditam que toda essa imensa atividade vulcânica seja causada pela brutal atração gravitacional exercida por Júpiter e duas de suas luas – Europa e Ganimedes – sobre o satélite. Esse fenômeno provocaria o aquecimento de seu núcleo e a atividade vulcânica mesmo a uma distância tão grande do Sol
o é um mundo hostil, digno da mais delirante ficção científica.
Gelado, envolto em enxofre e outros gases venenosos. Galileo passará raspando por esse inferno e poderá ter seus equipamentos definitivamente danificados pelas emanações vulcânicas. Os pesquisadores da missão acham que o risco vale a pena porque esperam conseguir imagens nunca antes vistas da luazinha de Júpiter.
Exceto pela Terra, Io é o único corpo do sistema solar a abrigar vulcões em atividade. Marte, Vênus e a própria Lua também tiveram vulcões no passado, mas todos já se extinguiram devido ao resfriamento.