Um fenomeno natural, mas responsável por inúmeros informes de avistamentos de OVNIs
Esse tipo especial de descarga elétrica, consiste geralmente num balão de plasma ou gás fortemente ionizado. Possui uma certa estabilidade, durando vários segundos e, extraordinariamente, até vários minutos.
Tem um tamanho de poucos centímetros, mas com exceções da ordem de até um metro e, embora se forme em tempestades, algumas vezes também ocorrem com tempo bom. Uma cor muito comum é o vermelho-alaranjado, sua velocidade pode chegar até 100 km/h, sua dinâmica é independente da direção do vento ou da gravidade, produz sons similares a zumbidos e desprende um odor semelhante ao enxofre ou ozônio. Esse fenomeno interfere nas emissões de rádio, deixa marcas de queimaduras e outros rastros no chão.
Extraido do livro Desaparições Misteriosas de Patrice Gaston – Livraria Bertrand:
O raio globular, ou “raio em bola”, atravessa os vidros, as paredes ou cortinas sem provocar qualquer incêndio ou estrago . . . como se tivesse o poder de se materializar à sua vontade.
Contestado até 1950, o raio globular passou a despertar depois um novo interesse: personalidades científicas viram entrar tais globos nas suas casas e descreveram as suas evoluções pormenorizadamente. Durante uma tempestade, algumas testemunhas puderam observar uma bola de fogo muito parecida com um raio. A sua luminosidade era muito viva. Contrariamente ao raio vulgar, esta bola mantinha-se parada durante vários segundos e deslocava-se de maneira errática, ao longo de tubos ou de fios elétricos. Depois, bruscamente, desaparecia , deixando atrás de si um cheiro de ozônio.
A bola pode, entretanto , incendiar depósitos de carburante, queimar livros ou então explodir e matar pessoas nas proximidades, como foi o caso do físico Raichman, em Leningrado, em 1753.
O mais espantoso é que o raio globular é insensível ao vento, parece oscilar sobre si mesmo como um pião, mudar de direção. O organizador das pesquisas nucleares soviéticas, Kipitza, formulou uma teoria e esboçou um programa de investigações sobre este fenômeno. Foi então que os americanos, julgando tratar-se de uma investigação militar, resolveram entregar-se também às pesquisas. E assim, em 1965 tinham despendido esforços importantes para considerar todas as hipóteses possíveis sobre este fenômeno e imprimir às investigações uma orientação adequada.
Existe também uma associação entre os raios globulares e os Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs) que a imprensa na França como nos EUA, quer fazer passar por mentiras ou visões de alucinados. Segundo Kapitza, o raio globular seria “uma descarga provocada por ondas de radiofreqüência emitidas durante a tempestade e localizadas por reflexões em objetos naturais”. Ele calculou que, para que tal fenômeno pudesse durar ao menos alguns segundos, seria necessário que contivesse por centímetro cúbico mais energia do que a contida num volume igual de plasma completamente despido da nuvem atômica. Concluiu depois que isso era impossível, a menos que se revejam os princípios da física ou que exista uma “forma de energia ainda desconhecida”.
Para que o raio globular – ou “plasmóide” – possa subsistir, é necessário que seja alimentado por um “fornecimento contínuo de energia”. Este fornecimento só poderia ser eletromagnético. Seria portanto necessário que, por intermédio de um fenômeno de ressonância, ou por “uma transmissão de onda”, ele recebesse a energia necessária à sua alimentação. Guy Tarade conta um fato que pode definir o fenômeno: um fotógrafo de imprensa em Nice, Francis Bay, pôde observar um raio globular quando tirava fotografias em sua casa. Sentiu uma “presença” atrás de si, como se alguém o espiasse. Ao voltar-se, viu com susto, encostada à porta, uma grande bola luminosa fluorescente e, segundo os seus termos, “idêntica ao écran de um receptor de televisão”. O notável fenômeno bateu-se progressivamente até ficar reduzido a um ponto extremamente luminoso que depois desapareceu. Uma dezena das suas folhas de papel fotográfico, virgens, estavam veladas e uma película que estava a ser revelada apresentava traços de queimaduras.
O físico Babinet estudou um caso estranho de raio globular: um alfaiate que morava em Val-de-Gráce, em Paris, estava à mesa quando viu de súbito sair da chaminé uma bola de fogo que se balançou docemente, rebolou sobre o pavimento e veio evoluir para junto dele. O homem recuou. A bola elevou-se então até a altura do rosto do alfaiate, mas este não se assustou excessivamente com aquele fantástico frente-a-frente. Depois, tendo provavelmente terminado o seu exame um tanto indiscreto, a bola dirigiu-se para um buraco feito na parede, utilizado para a passagem do cano da chaminé. “Depois de ter soltado delicadamente o papel que tapava o buraco”, o globo luminoso desapareceu aos olhos do alfaiate, que ouviu daí a pouco uma explosão violenta. Ao chegar à parte superior do tubo, o globo de fogo explodira, projetando sobre o telhado tijolos e destroços da chaminé.
A revista G.E.P.A. menciona que, num belo dia de junho, de céu azul e sem nuvens em 1924 , três moradores de Genay, no Ain, observaram também o fenômeno. “Viram de súbito uma bola de fogo de vinte a vinte e cinco centímetros de diâmetro, resplandescente, dançar diante da janela fechada, do lado norte da cozinha.”Subitamente a bola alargou-se num cilindro comprido, que penetrou na cozinha por um vidro partido. Depois de ter penetrado no ambiente, o cilindro retornou à sua forma de bola e deu a volta ao compartimento, planando à altura de um homem; depois sem provocar qualquer estrago, dirigiu-se para a janela e saiu pelo buraco que lhe serviu para entrar, alongando-se novamente. Uma vez mais, retornou a sua forma de bola luminosa e desapareceu.