Uma grande massa de granito foi encontrada no fundo do mar ao longo da costa do Rio de Janeiro, sugerindo um continente pode ter existido no oceano Atlântico.
Um funcionário brasileiro disse que a descoberta do granito – que normalmente se forma somente em terra seca – é uma forte evidência de que um continente existia na área e traz a lendária ilha de Atlântida de volta à tona – mencionada na antiguidade por Platão em seus diálogos filosóficos.
Segundo a lenda, a ilha era palco de uma civilização altamente desenvolvida e ficou submersa no mar cerca de 12.000 anos atrás. Nenhum vestígio jamais foi encontrado.
A descoberta foi feita utilizando um submersível Shinkai 6500 tripulado e operado por uma empresa japonesa. No fundo do mar, onde a massa de granito foi descoberta, as rochas teriam dezenas de milhões de anos. Aparentemente nenhuma estruturas feita pelo homem foi encontrada lá.
É a primeira vez que tal investigação usando um submersível tripulado foi realizado no Atlântico sul. No final de abril, a agência usou o dispositivo para explorar a elevação do Rio Grande, no fundo do mar há aproximadamente 1.000 km ao sudeste de Rio de Janeiro. A uma profundidade de 910 metros, um penhasco foi encontrado com cerca de 10 metros de altura e largura.
Depois de analisar os dados de vídeo, a agência concluiu que era de granito. Também descobriu na área um grande volume de quartzo – o que também não é formado no mar. A base consistem principalmente de rocha basáltica.
O local tem cerca de 1.000 km no ponto mais largo e é considerado parte do continente deixado para trás quando a América do Sul e África se separaram há mais de 100 milhões de anos. A área estava acima do nível do mar até cerca de 50 milhões de anos, mas ficou submersa ao longo de um período de vários milhões de anos, com base em fósseis encontrados nas proximidades do leito do mar e outros dados.
Segundo a agência, elevação do Rio Grande é a única área plausível que poderia ter sido uma terra seca no passado. Apesar da mais recente descoberta, no entanto, os peritos permaneceram cautelosos sobre tirar conclusões precipitadas sobre Atlântida.
Shinichi Kawakami, professor da Universidade de Gifu e versado em ciências planetárias, disse o granito poderia ter sido uma parte de um grande continente antes de ser separado em que hoje é conhecido a África e a América do Sul.
“A América do Sul e a África costumava ser um enorme continente unificado. A área em questão pode ter sido deixado submersa em água assim que o continente foi separado de acordo com os movimentos das placas”, disse ele.
Kawakami disse que os pesquisadores devem olhar mais para a composição do granito e ver se ele corresponde ao granito encontrado agora na África ou na América do Sul.
“O conceito de Atlântida veio muito antes geologia da idade moderna ser estabelecida. Nós não devemos concluir como Atlântida imediatamente “, disse ele.