Uma equipe internacional de pesquisadores descobriu, com a colaboração do telescópio Fermi, o pulsar de milissegundo mais brilhante detectado até agora dentro de um grupo de centenas de milhares de estrelas que orbita nossa galáxia, segundo publicou a revista Science.
O professor Paulo Freire, do departamento de radioastronomia do Instituto Max Planck em Bonn (Alemanha), e sua equipe detectaram o pulsar J1823-3021A girando em um grupo globular situado na constelação de Sagitário, a aproximadamente 27 mil anos-luz da Terra.
O pulsar é uma estrela formada por nêutrons que emite radiação periódica e possui um campo gravitacional até um bilhão de vezes maior que o campo gravitacional terrestre. Trata-se do pulsar de milissegundo mais jovem e com o maior campo magnético registrado até agora, além do mais distante detectado com raios gama.
Achados sugerem que "estes pulsares de milissegundo podem ser muito mais energéticos do que indicam as teorias que tínhamos até agora" e podem existir mais pulsares com estas características no resto da galáxia.