No auge de sua civilização e cultura os maias abandonaram suas cidades, templos, monumentos e tesouros sagrados. Algo incompreensível ocorreu por volta de 600 d.C., para que este povo, de repente e sem motivo, simplesmente desaparecesse! A selva devorou construções e estradas, quebrou os muros e produziu uma imensa paisagem de ruínas. Nenhum habitante jamais retornou àqueles locais.
Calendário maia
Os maias construíram pirâmides e templos porque seu calendário prescrevia que, a cada 52 anos, um número prefixado de degraus de uma obra arquitetônica deveria ser construido. Cada pedra relaciona-se com o calendário, cada obra arquitetônica é astronomicamente orientada com exatidão.
Conhecimento astronômico
O observatório astronômico de Chichén é a primeira e mais antiga das construções arredondadas erguidas pelos maias. Ainda hoje o edifício restaurado dá a idéia de um observatório moderno. A estrutura, com três terraços superpostos, possui uma escada interna em caracol que leva ao mirante. Nessa cúpula, aberturas e orifícios são orientados para as estrelas. As paredes externas ostentam máscaras do deus da chuva e a representação de uma figura humana munida de asas!
Poço Sagrado de Chichén Itzá
Os maias, inegavelmente, eram muito familiarizados com o mar, a prova disso seria a grande quantidade de objetos feitos de coral e conchas. Porque então construiram suas cidades na floresta? Porque construiam reservatórios de água se tinham a possibilidade de morar próximo ao rio? Só em Tical há 13 reservatórios de água, com uma capacidade de 154.310 metros cúbicos. Distante 70 metros do observatório astronômico, escondida na floresta, está uma reprodução exata do poço sagrado de Chichén Itzá. Vigiado por serpentes, centopéias venenosas e insetos importunos, tem as mesmas medidas que o poço ‘genuíno’ e suas paredes estão identicamente afetadas pela ação do tempo e cobertas pela vegetação. Os dois estão a 900 metros de distância da ponta da pirâmide maior, o Castillo e possuem a mesma altura do nível da água.
História tétrica
O pesquisador americano Herbert Thompson dragou do lodo desse poço não somente jóias e objetos de arte, mas também os esqueletos de rapazes e moças. Segundo textos antigos, em tempos de seca, os sacerdotes costumavam peregrinar até esse local, a fim de abrandar a ira do deus da chuva, jogando meninas e garotos no poço sagrado, durante cerimônia solene.